GRUPO NO WHATSAPP É CRIADO PARA EVITAR ASSALTO A VANS ESCOLARES
Mais uma vez, os mineiros de Belo Horizonte passam na frente e demonstram preocupação com a categoria, atitude que demonstra que a união os tornam mais fortes.
Nos moldes da rede protegida de vizinhos, os participantes poderão avisar sobre a presença de suspeitos e alertar sobre a ocorrência de crimes.
Cinco dias após o último assalto a uma van escolar, começou a funcionar nesta terça-feira (28) um grupo no WhatsApp que reúne Polícia Militar (PM), motoristas e Sindicato dos Transportadores de Escolares de Belo Horizonte e da Região Metropolitana (Sintesc-MG).
A estruturação do grupo aconteceu ontem em uma reunião entre o comandante do 16° Batalhão de Polícia Militar, Marcelo Pinheiro, motoristas, e o Sintesc-MG na sede do batalhão, no bairro Santa Tereza, na região Leste.
Nos moldes da rede protegida de vizinhos, os participantes poderão avisar sobre a presença de suspeitos, alertar sobre a ocorrência de crimes, entre outros.
De acordo com o comandante, 50 motoristas compareceram à reunião, entretanto, outros poderão aderir à iniciativa.
Por enquanto, o grupo reúne moradores das regionais Leste e Nordeste. Entretanto, o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Campos, se for necessário a instituição vai procurar outros batalhões para realizar iniciativas semelhantes.
Segundo Campos, entre as instruções repassadas pela PM estão: a observação das características dos indivíduos, a não reação em caso de roubos e não parar em locais ermos.
Além disso, há a recomendação para que os alunos não usem aparelhos caros. “Esses aparelhos mais caros são os alvos”, afirmou Pinheiro.
O comandante informou que a polícia trabalha para identificar dois suspeitos que teriam cometido três dos cinco assaltos a vans registrados na última semana.
A polícia confrontou as imagens de câmeras com as características dos suspeitos repassadas pelas vítimas. Essas características já foram espalhadas para os militares e, agora, o trabalho é de identificação da dupla.
Em BH o que vemos é um trabalho atuante do sindicato da categoria. Em SP, quando há alguma atuação é por parte das Associações, que se empenham em agendar reuniões com órgãos de segurança, organizar grupos de whatsapp, divulgar roubos nas mídias sociais buscando localizar veículos roubados.
São as Associações também que têm organizado carreatas e manifestações, foi assim e está sendo assim contra a cadeirinha, padronização, credenciamento da prefeitura, reajuste do TEG, facilitação de planos de saúde, busca de aplicativos para o transporte escolar etc etc.
Em SP, o sindicato sequer demonstra alguma reação aos constantes roubos de vans escolares, talvez até em maior proporção do que ocorre em BH. Aqui, é mais fácil criticar o trabalho das Associações, do que mostrar trabalho efetivo e voltado à categoria.
Aqui, os condutores escolares querem e aceitam representantes sim, mas não apenas no papel, querem representantes que se empenhem na melhoria da categoria como um todo e não na melhoria do próprio bolso, ou de um grupo específico.
Nós, condutores escolares visamos, com a demonstração do certo e o errado, que boas práticas sejam copiadas, e que o transporte escolar cresça cada dia mais em representatividade e equidade, na melhoria para todos da categoria.
Parabéns ao SINTESC, sindicato dos escolares de BH, que tem dado bons exemplos aos representantes dos demais Estados e cidades, de como deve ser feito o trabalho de representação da categoria do transporte escolar